Não se deixe iludir pelas aparências das cadeiras ou pelo rótulo de “ergonômica”. Procure quando possível experimentar as cadeiras para verificar se o modelo atende realmente as suas características físicas. Se possível, faça uma demonstração ao fornecedor para testar a cadeira durante alguns dias.
Evite cadeiras com bases giratórias ou rodízios feitos somente com material plástico. Também não opte pelos modelos que não trazem a identificação do fabricante.
Prefira um modelo com um número maior de partes ajustáveis (assento, altura e encosto), principalmente se a cadeira for utilizada por pessoas de diferentes estaturas.
A opção mais saudável
Uma postura inadequada pode ser muito prejudicial à saúde. Uma série de lesões e de doenças já é atribuída ao desconforto do corpo em cadeiras não apropriadas. Entre elas estão a síndrome cervicobraquial, a cervicalgia (ambas provocam dor no pescoço) e a lombalgia (dor na região lombar). Com isso, a escolha de uma cadeira ergonômica, que se ajuste corretamente às diferenças de altura e de peso características de cada pessoa, torna-se essencial.
Na opinião de Márcio Modesto Penna, ortopedista, traumatologista e médico do trabalho, a cadeira ideal é a que tem o encosto e o assento separados. “Caso contrário, o usuário tem de fazer força para manter o tronco ereto, o que faz com que ele acabe adotando uma posição curvada para aliviar o esforço. Essa postura pode resultar em dores no pescoço e nas costas, além de ocasionar a síndrome cervicobraquial”, completa Penna.
Outro ponto importante é verificar a altura do assento, que deve ser igual à distância entre a parte inferior da coxa e a planta dos pés, segundo o higienista ocupacional, Amarildo Duzi Moares, responsável por este teste. “Um assento muito alto pode ocasionar formigamentos nas coxas, varizes e até inchaço nos pés, enquanto uma posição muito baixa provoca fadiga”, avisa ele.
Seu papel também é fundamental neste processo: procure manter sempre uma postura correta e regule o assento e o encosto de sua cadeira adequadamente travando muito bem todos os pontos de regulagem. “Levantar-se freqüentemente, de uma em uma hora, também é um hábito saudável para evitar a fadiga corporal e até a visual”, completa o médico Márcio Modesto Penna. |